Porque, infelizmente, muita gente não entende qual o problema do atacante palmeirense postar em suas redes sociais a imagem de um tigre comendo um veado. O tigre sendo ele, Vitor Roque, o tigrinho; o veado, o time do São Paulo.
Roque apagou, mas o print se eternizou. Fui ver algumas lives de pós-jogo de palmeirenses para entender as reações à postagem e fiquei assustada porque eles realmente não entendiam onde estava a homofobia, muito menos a misoginia, que nem citada foi. Alguns argumentavam que se fosse contra o Santos ele poderia ter colocado um tigre engolindo um peixe. Ou um urubu, no caso de ser contra o Flamengo. Mas o veado não é o mascote do São Paulo, não é tratado com carinho e é usado por rivais como objeto de ofensa.
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Qual a ofensa contida na imagem do veado?
A associação é a viado no sentido de bicha, de homem feminilizado.
Na aproximação do homem à mulher e às coisas de mulher, como, por exemplo, ser comido por alguém mais forte, mais poderoso.
Porque meninos aprendem desde muito cedo que ser mulher é menor, é desprezível, é uma espécie de fraqueza. Parecer mulher é inaceitável, vergonhoso, humilhante.
Todo tipo de violência contra mulheres e homens que não se encaixam na ideia da virilidade dominante. Se é menor e é desprezível, eu posso silenciar, abusar, assediar, matar.
Colocar o veado sendo mastigado pelo tigre sugere essa força sobre o que é considerado mais frágil e está, na figura do veado, associado àquilo que se penetra, na marra se assim for preciso. O futebol consegue reconhecer a homofobia, embora não saiba combatê-la. Mas não sabe enxergar a misoginia. E elas normalmente andam juntas.
O Palmeiras agiu rapidamente e pediu que Roque apagasse o post. O clube explicou a ele que esse tipo de imagem não cabe e disse que Roque entendeu e atendeu prontamente. Educar é o único caminho. A CBF deveria se envolver nesse projeto e se implicar de forma real na luta pelo fim das violências de gênero. Seguimos sonhando com esse dia.
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